Esta semana nos convida a viver com mais
intensidade o Mistério da Eucaristia, que é fonte e cume de nossa vida, de nossa
espiritualidade. Esta pedagogia da liturgia da Igreja nos ensina a abraçar o
mistério de nossa fé, depois de vivermos a tempos atrás o Mistério de Jesus na
sua paixão, morte e ressurreição, celebramos a semana retrasada a Festa de
Pentecostes e Domingo passado A Santíssima Trindade e na próxima quinta-feira
03 de Junho O Mistério de Cristo presente na Eucaristia.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de
Cristo remonta
ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do
“Cristo todo” no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi
instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de
1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade,
que acontece no domingo depois de Pentecostes. Aconteceu, porém, que quando o
padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa
Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia
consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a
consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da
presença real de Cristo na Eucaristia.
O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em
Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do
milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a
Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na
entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as
palavras: “Corpus Christi”.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de
Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o
segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da
Eucaristia no Ano Litúrgico. A ‘Fête Dieu’ (Festa de Deus) começou na paróquia
de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão
eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo
benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas
ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na
Bélgica.
O ofício foi composto por São Tomás
de Aquino o qual,
por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e
Responsórios já em uso em algumas Igrejas. A festa mundial de Corpus Christi
foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o
Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de
Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A
procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na
França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi
instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é
o meu corpo… isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim” (Cf. Lc 22,19-20). Porque a
Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus
Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o Domingo da Santíssima
Trindade.
No Brasil
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário
religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de
madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A
tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior
de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão
e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que
é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi
alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de
Cristo. Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a
outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da
comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
“Aquele que come a minha Carne e bebe o meu Sangue
tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,55).
Dá-nos
Senhor a
certeza da Tua presença
Nos dons eucarísticos!
Na festa da vida,
Que deve ser cada eucaristia,
Ensina-nos Senhor
A comunhão com os irmãos,
Radicada na unidade sacramental.
Ensina-nos que nunca é compreensível
Celebrar o gesto que significa
Sacrifício e dom da vida,
União com Cristo e com os irmãos
E fomentar divisões,
Cultivar discórdias e manter desigualdades!
Impele-nos a viver cada eucaristia
Como atores comprometidos
Convictos da Tua presença
E não como simples espectadores!
certeza da Tua presença
Nos dons eucarísticos!
Na festa da vida,
Que deve ser cada eucaristia,
Ensina-nos Senhor
A comunhão com os irmãos,
Radicada na unidade sacramental.
Ensina-nos que nunca é compreensível
Celebrar o gesto que significa
Sacrifício e dom da vida,
União com Cristo e com os irmãos
E fomentar divisões,
Cultivar discórdias e manter desigualdades!
Impele-nos a viver cada eucaristia
Como atores comprometidos
Convictos da Tua presença
E não como simples espectadores!
Minha
benção Fraterna.
Padre
Luizinho, Com. Canção Nova.
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