terça-feira, 26 de junho de 2012

Exposição “50 anos da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas: O júbilo da comunidade católica” marca calendário de festividades

Na sexta-feira (22) será aberta a terceira exposição que integra as comemorações do ano jubilar desta diocese. O evento acontecerá no Salão de Reuniões da Igreja São Pedro, na Praça Castro Alves. Por intermédio de objetos, imagens sacras, fotografias e outros elementos, os visitantes vão conhecer e/ou revisitar momentos da história e da memória da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas. Com funcionamento diário, as visitas também poderão ser agendadas por grupos.

“Destacamos que essa história está presente em cânticos, procissões, comemorações religiosas, atuações das pastorais e dos diversos movimentos que, juntos, compõem e dão vida à diocese”, ressalta a Prof.ª Msc. Liliane Maria Fernandes Cordeiro.

No período de aproximadamente dois anos, a professora coordenou a catalogação dos documentos pertencentes ao arquivo diocesano que foi realizada pelas historiadoras: Alzinete Ferreira Santos, Aretuza da Cruz Silva, Lizete Caíres Barros Martins, Maria José Carmo Alves de Bruym, Susana Teodoro Ferreira, Talita Alves Pinheiro e Uerisleda Alencar Moreira – graduadas do curso de História da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas.

O trabalho executado na cúria contou com o apoio de Dom Carlos Alberto dos Santos, bispo da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas, que além de incentivar e apoiar a execução do projeto divulgou a intenção de promover a organização do museu diocesano nas futuras instalações da catedral.

A exposição “50 anos da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas: O júbilo da comunidade católica” mostra a caminhada do processo de evangelização da igreja católica nos cinquenta anos de existência da respectiva diocese. “Trata-se de uma força viva que alimenta os pastores e fiéis na edificação desta história”, afirmam os organizadores do evento.

Durante a semana, de segunda a quarta-feira acontecerão os agendamentos para visitas monitoradas (grupos); de quinta a sábado o funcionamento será das 14 às 20 horas, aos domingos das 8 às 11 horas e das 14 às 19 horas. Maiores informações pelo telefone (73) 3291-2130.

O Museu Diocesano, da Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas BA rememora grandes acontecimentos da História da evangelização em Terras de Santa Cruz. Entre objetos sacros, adornos, documentários, livros sagrados, fotografias, imagens antigas além de muitas e muitas histórias de homens e mulheres que contam como foi difícil no início. Entre 1962 e 2012

A Festa do Jubileu de Ouro da Diocese traz para junto de seu povo todo um acervo de anos e mais anos de caminhada, entre lutas, alegria, testemunho de fé. Bispos, padres, missionários, leigos, professores, catequistas, famílias deram sangue em prol do Reino de Deus através de muitas orações, celebrações, tradições culturais e muitas riquezas contidas nos costumes de uma gente sofrida, porém, muito feliz.

Os Franciscanos foram os grandes pioneiros levando a Boa Nova aos povos dessa Terra Santa. Dom Felipe Tiago Brors, representante dos apóstolos, primeiro bispo da diocese, cuja sede estava em Caravelas. Veio, trabalhou, evangelizou e mostrou o grande carinho e zelo pelo Reino de Deus, deixando aqui seu nome e sua história. Seu lema: “VENITE ET VIDETE” – Vinde e Vede.

Dom Antônio Elizeu Zuquetto, sucessor de Dom Felipe acompanhou o processo de transição para a sede da Cúria para a cidade de Teixeira de Freitas. Grandes paróquias foram criadas em seu apostolado. Lema de via e trabalho: “IPSE NOSTRA PAX” – Cristo é Nossa Paz.

Dom Carlos Alberto dos Santos, terceiro bispo diocesano, não franciscano, veio para dar continuidade aos trabalhos deixados por seus antecessores. Dom Carlos veio com a missão de construir a grande CATEDRAL e abrilhantar esplendorosamente a Festa do Grande JUBILEU DE OURO da Diocese. Desde 2005 que pastoreia esse povo. Lema escolhido: “PER MARIAM AD EUCHARISTIAM” – Por Maria à Eucaristia

O Museu é um acervo cultural, mostrando história e tudo a quilo que os homens e mulheres, do passado lutaram para que pudéssemos ser hoje. Mostra a força da fé e testemunho de vida, contida nos grandes laços de famílias e amizade. Mostra o respeito pela religião e por aqueles que a conduziram. O Museu diocesano é um grande marco de Evangelização.

(matéria publicada no site www.radiodifusoraam580.com.br, em 23 de junho de 2012)

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Nasceu São João Batista


Normalmente a festa de um Santo é fixada no dia de sua morte, que é o dia de seu nascimento para a vida eterna. São João Batista é uma exceção, pois tem duas festas: seu nascimento, em 24 de junho, e sua morte, em 29 de agosto.Por quê? Quando Maria visitou Isabel, que estava grávida dele, o bebê João pulou de alegria em seu seio. Neste momento foi santificado pelo bebê Jesus que estava no seio da Virgem Maria. Assim, ele já nasceu santo. E foi João quem recebeu o maior elogio de Cristo, que afirmou ser ele o maior entre todos os nascidos de mulher. Ficando nessa história: vocês já imaginaram a graça que é para um bebê quando sua mãe comunga? Também ele se encontra com Jesus e é santificado!

A Festa é de Todos
Zacarias e Isabel eram um casal idoso e padeciam de uma grande tristeza: não tinham filhos. Isabel era estéril, idosa, sem condições de ser mãe. No mundo judeu, o fato de não ter descendência era visto como um grande castigo, uma desgraça. Mas, para quem tem fé, a esterilidade se transforma em vida. E assim foi.
Zacarias, que era sacerdote, certo dia estava no templo de Jerusalém oferecendo incenso ao Senhor quando um anjo lhe apareceu e disse que Deus tinha ouvido suas preces. Isabel conceberia um filho na velhice, e que filho! Zacarias achou graça disso tudo pois, pelas leis da natureza, isso seria impossível. Então o anjo deu-lhe um sinal: ficaria surdo e mudo até que isso acontecesse (Lc 1,5-25). E Isabel ficou grávida...
Isabel, no sexto mês da gravidez, teve a alegria de receber a visita de sua prima Maria, que, por sua vez, esperava Jesus. Que encontro fantástico: a mãe do último profeta do Antigo Testamento ser visitada pela mãe do profeta dos profetas, o Filho de Deus.
Maria não resiste de emoção ao ver tantas maravilhas e proclama seu Magnificat: “A minha alma engrandece o Senhor, porque ele pôs os olhos em sua humilde serva” (Lc 1,46-55). Maria ajudou Isabel três meses, voltando depois para casa, pois tinha um segredo para relatar a José: sua gravidez miraculosa.
Isabel deu à luz e, naquele dia, houve festa nas montanhas da Judéia: mais um filho dado por Deus ao mundo. Os vizinhos acenderam fogueiras em sinal de júbilo e para terem luz para a festa e as conversas. Um filho não é patrimônio somente da família: pertence a toda a comunidade e a festa é de todos (Lc 1,57-67).

“Deus teve compaixão”
E veio a pergunta normal nestas ocasiões: Que nome colocar nesse menino tão esperado e anunciado? Pela tradição, seria  Zacarias, o nome do pai. Nos tempos da Bíblia, o nome era muito importante, pois indicava a vocação de uma pessoa. Mudar o nome era o mesmo que mudar a qualificação da pessoa, como Abrão que fica Abraão, Jacó que fica Israel, Simão que fica Pedro.
Isabel disse que não seria Zacarias, pois o anjo tinha dito outro nome. Então, com sinais, consultam o velho Zacarias. Ele pede uma tabuinha e escreve: João é o seu nome. O nome João significa “Deus teve compaixão”.
Zacarias começou novamente a falar e a ouvir, explodindo de alegria num hino que começa assim: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e libertou o seu povo!” (Lc 1,68-79). Tudo isso foi muito comentado em toda a região pois, de fato, Deus estava visitando seu povo.
Os sinais da presença de Deus eram claros:
  • Maria, uma mulher do povo, tinha concebido pelo poder do Espírito Santo;
  • Isabel, uma senhora idosa, estéril, dera à luz ao menino João;
  • Zacarias, que tinha ficado surdo e mudo, passou a ouvir e a falar. Deus estava irrompendo na história: a esterilidade dava lugar à vida, a vergonha e a tristeza era substituída pela alegria, os mudos falam, os surdos ouvem. Era a presença do Deus da vida! Uma primavera sem fim. Começavam os tempos do Messias. 

O Abridor de caminhos
Quando João cresceu, tornou-se um grande profeta, peregrinava ao longo do rio Jordão: anunciava a penitência, o perdão dos pecados, a conversão e batizava as pessoas que aceitavam mudar de vida, recebendo assim o apelido de “Batista”. E anunciava uma notícia esperada há milhares de anos: o Messias, o Cordeiro de Deus estava para chegar, aliás, já tinha nascido.
João afirmava que o Messias seria enérgico, um juiz rigoroso. Neste ponto se enganou: o Messias, Jesus, era a mais doce e bondosa das criaturas, veio para salvar e não para condenar, veio anunciar a graça divina, e não os castigos divinos.
João foi muito humilde: apesar de todo o seu sucesso, das multidões que o procuravam, ao ver Jesus considerou encerrada a sua missão de precursor, de abridor de caminhos: daqui para a frente é Jesus quem tem a palavra final.
Jesus também foi muito humilde, pedindo para ser batizado por João. No mundo das grandezas divinas, tudo é simplicidade, ninguém se considera maior, todos querem ser servidores. Assim foi com João, São João Batista.

Pe. José Artulino Besen

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Romaria Diocesana a Bom Jesus da Lapa

Aconteceu neste fim de semana (16 e 17 de Junho), a romaria diocesana ao santuário de Bom Jesus da Lapa, com 23 ônibus de fiéis da nossa Diocese de Teixeira de Freita-Caravelas, que em Julho estará celebrando os seus 50 anos. 
Lá nos unimos as também dioceses jubilares de Bom Jesus da Lapa, Juazeiro e a arquidiocese de Feira de Santana, também cinquentenárias, com seus bispos e fiéis. Porém, a nossa diocese foi a que teve maior números de diocesanos. Foi muito bonito ver todos lá felizes aos pés do Bom Jesus, com seus padres e bispo. 
Tivemos duas missas na esplanada do santuário: uma no sábado a noite, presidida pelo bispo da Lapa Dom César, onde foi entroduzida solenemente a diocese de São Pedro, padroeiro de nossa diocese; e no domingo as 7 da manhã, a missa com todas as 4 dioceses. Após a missa foi oferecido um café da manhã pelo santuário para todo o povo ali presente. 
Ir a Bom Jesus é uma experiência incrível, para rezar e contemplar o crucificado, sobretudo naquele santuário, uma obra prima da natureza, algo especialmente diferente, pois é uma obra puramente da natureza, as várias grutas, os devotos e turistas encantam, e com certeza voltarão em outra ocasião.
Quem nunca foi vale a pena ir.

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Festa de Santo Antônio

Aconteceu no dia 13 de junho os festejos em honra a Santo Antônio, padroeiro do distrito de Belo Cruzeiro.
Foram 3 dias de tríduo com celebrações feitas por grupos das comunidades da Paróquia, entre eles, o Terço dos Homens de Itabatan e a comunidade Bom Jesus, de Taquarinha.
Foram dias de momentos intensos de espiritualidade na vida daquela comunidade, culminando com a Santa Missa no dia 13 de junho, às 18 horas, celebrada pelo pároco padre Ronaldo Cardoso de Oliveira. Na missa solene, o padre pregou sobre a humildade de Santo Antônio, sendo ele um inteligente e eloquente pregador que até então era cozinheiro do convento. 
Santo Antônio é conhecido como o santo casamenteiro, por ajudar as jovens humildes a conseguirem dotes, exigência da época para se casarem. 
Padre Ronaldo agradeceu aos dizimistas, doadores e todos que trabalham e servem a comunidade com amor, na gratuidade. Falou da alegria de ver, agora, a Igreja totalmente reformada. Ao final, foi dada a bênção dos pães de Santo Antônio, que foram distribuídos aos fiéis. Após  a missa houve show de música católica com jovens da comunidade. Deus seja louvado.

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terça-feira, 5 de junho de 2012

A verdadeira História de CORPUS CHRISTI...


Esta semana nos convida a viver com mais intensidade o Mistério da Eucaristia, que é fonte e cume de nossa vida, de nossa espiritualidade. Esta pedagogia da liturgia da Igreja nos ensina a abraçar o mistério de nossa fé, depois de vivermos a tempos atrás o Mistério de Jesus na sua paixão, morte e ressurreição, celebramos a semana retrasada a Festa de Pentecostes e Domingo passado A Santíssima Trindade e na próxima quinta-feira 03 de Junho O Mistério de Cristo presente na Eucaristia.

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. A ‘Fête Dieu’ (Festa de Deus) começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.

O ofício foi composto por São Tomás de Aquino o qual, por amor à tradição litúrgica, serviu-se em parte de Antífonas, Lições e Responsórios já em uso em algumas Igrejas. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350. 

A Eucaristia é um dos sete Sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo… isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim” (Cf. Lc 22,19-20). Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

“Aquele que come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,55).

Dá-nos Senhor a
certeza da Tua presença
Nos dons eucarísticos!
Na festa da vida,
Que deve ser cada eucaristia,
Ensina-nos Senhor
A comunhão com os irmãos,
Radicada na unidade sacramental.
Ensina-nos que nunca é compreensível
Celebrar o gesto que significa
Sacrifício e dom da vida,
União com Cristo e com os irmãos
E fomentar divisões,
Cultivar discórdias e manter desigualdades!
Impele-nos a viver cada eucaristia
Como atores comprometidos
Convictos da Tua presença
E não como simples espectadores!
Minha benção Fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.